sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Funny



Na aula de inglês o professor passou a tarefa. Traduzir o nome de profissões.

—Pescador.

—Fisher. Respondeu o aluno.

—Dentista.

—Dentist.

Muito bem, disse o professor.

—Bandeirinha de futebol?

Essa o aluno não sabia. Mesmo porque futebol não era a sua praia. Mas, como estava no Brasil, e por aqui não vale à pena perder a piada, saiu-se com essa:

—Little flag.

O chute foi fora, mas a gargalhada foi geral. 


C.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

José



Seu nome é José.

Apenas José.

Alguns conhecidos o chamam de Zé.

Apenas Zé.
(Na diminuição, o “S” se transforma em outra letra. Com o mesmo som, mas outra letra!).

José não gosta do seu nome, muito menos da compulsória redução.

Ele diz que gostaria de se chamar José Claudio. Também poderia ser de bom grado José Ricardo ou José Roberto. Assim, encheria a boca quando se identificasse; um ar de autoridade se imporia automaticamente quando se proclamasse. E como falar histórias sugere uma cena, ele a imagina:

—Sua graça, senhor?

—José Ricardo. Mas pode me chamar de Zé. 


C.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Declaração de prazer



Maria se diz ateia; simplesmente não acredita que exista uma divindade promotora de tudo, e nos seus encontros dominicais com as amigas de longa data, gosta de dizer (talvez deslocando sua soberba sexual): “graças a Deus não tenho problema pra gozar”.

Ou será que essa declaração que ela acalenta com prazer é pra não dar o braço a torcer, por não poder elogiar a potencia e façanhas sexuais do seu namorado?! Aí ela não teria escolha a não ser fazer um elogio subliminar ao Deusdet! Deusdeath, como ela mesma costuma brincar.

Sim, até porque deixar as colegas com inveja seria a suprema glória.

C.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Proposta de guerra




Nas terras do sol nascente, uma prostituta japonesa de 24 anos fez um doutorado em história da guerra sino-japonesa, e teve uma sacada genial. Quer dizer, sexual.

Comovida com o que aprendeu  (na verdade, leu), sobre esse conflito belicoso, quis desculpar-se dos chineses oferecendo-lhes seu corpo para sexo gratuito e reparador. O que não deixou de ser mais uma conquista, já que dessa vez, as balas e as baionetas foram substituídos pelo sexo e pelo amor postiço. As mulheres sabem que vencer gemendo (de preferência na cama) é melhor do que vencer matando.

Num ímpeto de caridade quase religiosa, disse para o jornal da cidade: “Quero curar as feridas da China com o meu corpo e estou me oferecendo para fazer sexo com estudantes chineses que estão no Japão”. Muito lindo.

Para a gueixa generosa e pós-graduada, poderia ser apenas um gesto de reparação humanitária ou mesmo de exercício do ofício. Mas, a tirar pelas atrocidades dos japoneses cometidas durante a guerra e a sede de vingança do ser humano, é de se imaginar que a doutora vai se foder. 


C.