Gabriel
Garcia Marquez morreu. Morreu o criador de Macondo. Lugar das minhas alegorias,
das minhas fantasias juvenis.
Hoje me
encontrei com Gabo. Conversamos.
—Como estás,
Gabriel?
—Estoy
bien...
—Estás bem
mesmo! Com que idade?
—Quase cem anos de solidão.
—Pareces um
pouco triste.
—Estoy
triste... Não me deixam las memórias das
minhas putas tristes...
—Sabes que
tu és imortal, não sabes?!
—Si, pero la
vida és uma crônica de uma morte anunciada...
—Viveste bem
a vida, não tens do que se queixar; dinheiro, mulheres...
—Do amor e outros demônios...; é Viver para contar...
—“Te amo não por quem tu és, mas por quem sou
quando estou contigo”. De todas que escreveste esta é a que gosto mais. Lembro-me
sempre de ti, e continuarei repetindo tuas palavras, até o dia em que alguém
precise repetir as minhas.
©Cesar
Sampaio