terça-feira, 26 de novembro de 2013

Começo, meio e... fim



Iniciar o dia
Fazendo poesia
É seguir andando
Porque todo começo
É um poema!

O intermédio
Não causa muito mais
É trabalhar
Ganhar dinheiro
Coisas banais!

Tem o amor que vem
Eros aparece à toa
Chega pro que der e vier
O deus bagunceiro
Do homem e da mulher.

O fim é uma tragédia
Nada de lado ou por trás
O esperado de sempre
Do ser deficiente
Que ousou amar demais!

©Cesar Sampaio

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Sono, cadê você meu filho?



Inspirado na insônia e na pergunta de uma amiga virtual. A questão dá origem ao título dessa brincadeira literária. (18.11.2013)

 


Sem sono na madrugada
Um bom vinho me ocorreu
Pra achar o filho sono
Que na vida me esqueceu.

Filho ingrato que criei
Não percebes meu querer
Agora toda minha vontade
É cair na cama e “morrer”.

Com “morrer” quero afirmar
Que o mundo não me importa
É fechar os olhos e sonhar
Com mulher na minha porta.

©Cesar Sampaio
 


 

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Manitcha




15 de novembro. Homenagem para minha irmã no dia do seu aniversário e proclamação da fraternidade.

 



Eu te criei.

Só eu posso te achar assim.

Mas é por mim.

Deixa!

É que aprendi a amar

Criando o que podia

Ser apenas meu

Pra ninguém tirar de mim.

Sou teu único irmão!

Os demais, filhos

Talvez, por adoção.

Deves a mim a fraternidade

E eu te devo meu coração. 


©Cesar Sampaio

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A química da paixão

Doutor, quero me apaixonar
Mas não encontro a razão.
Urgente, aplique algo
Na veia do meu coração.

Nesse conduto é mais rápido
E a vida não pondera
Tem Maria, Afrodite e Vera
Todas elas à minha espera.

Eu da minha parte
De um lado para o outro
Sempre pensando no fim
Fico hesitando... Enfim...

Acho que a Ocitocina
Que faz melhor efeito
É a mais recomendada
Pra sarar grave defeito

E apesar de ser sinistro
E amar do lado esquerdo
Ele volte a funcionar
E comece a bater direito.

Na saúde estando em falta
Droga tão delirante
Deixe pra lá, doutor
Ainda tenho uma amante.

©Cesar Sampaio