Homenagem a Mario Quintana
De ontem pra
hoje fui dormir pensando em Quintana, o poeta das coisas simples.
Resultado:
sonhei contigo.
Fiquei
intrigado e a pensar em tantas imagens belas que produzi em uma única noite de
sono. Foram todas pra ti.
Agora, pra
ser sincero, nenhuma delas é clara em minha lembrança para que possa
descrevê-la em detalhe.
Mas eram
imagens leves, singelas, diretas como quem sabe fazer um caminho; como quem
sabe o que quer; como quem sabe “dançar salamandras mágicas e sem fim”.
Quero uma
estrada dessas pra mim. Quero fazer da simplicidade mais do que utilidade. Uma
adoração? Talvez seja demais. Mas seria capaz.
Seu eu pudesse transformar o meu amor em verso, escreveria tudo num “Bilhete”:
“Se tu me
amas, ama-me baixinho
Não o grites
de cima do telhado
Deixa em paz
os passarinhos
Deixa em paz
a mim!
Se me
queres,
Enfim,
Tem de ser
bem devagarinho, Amada
Que a vida é
breve e o amor mais breve ainda.”
Cesar
Sampaio