domingo, 28 de dezembro de 2014

Antes que termine



5...4...3...2...
As festas imobilizam nosso pensamento sobre a passagem e continuidade do tempo.
Existe, de fato, um ano novo?
Ou se trata apenas da continuação do que já está acontecendo?
Por que parar e partir o tempo e dizer “agora é ano novo”?
Bem que gostaríamos de descartar das nossas vidas as coisas ruins que aconteceram e, como se o que passou fosse descartável, dispensá-lo ou mesmo destruí-lo.
Conseguiríamos arrancando um pedaço de pele pra cada evento que nos machucou? Ferindo nossa própria carne pra nos livrar do machucado nos tornaríamos sãos?
As coisas boas e ruins da vida são irmãs siamesas que não podem seguir pra sala de cirurgia. E assim como o novo e o velho que precisam coexistir, seguem vida afora.
Aprender a conviver com esse fato talvez seja a novidade de todo dia.
Feliz ano novo.
C.

2 comentários:

  1. Belo! A vida é novidade que pulsa!

    ResponderExcluir
  2. a novidade da vida é compreender que o novo já nasce velho.
    o novo é o velho modernizado.

    ResponderExcluir